Fevereiro é mês de ampliar o alerta sobre Alzheimer, fibromialgia e lúpus. Essas três doenças são de difícil controle e afetam em muito o bem-estar das pessoas. O Fevereiro Roxo reforça a importância do diagnóstico precoce para se conseguir oferecer melhor qualidade de vida aos pacientes.
Nos últimos anos surgiram muitas evidências científicas dos danos cerebrais causados pela perda de audição. Um número crescente de publicações vem relacionando a surdez em idosos com o aumento do risco de demência, Alzheimer, depressão e outras alterações do humor.
Investigada rigorosamente em 2011, quando Frank Lin, otorrinolaringologista na Faculdade de Medicina da Universidade Johns Hopkins, publicou com colegas os resultados de um estudo longitudinal que testou a audição de 639 adultos de mais idade que não tinham demência, e os acompanhou por uma média de quase 12 anos, tempo em que 58 desenvolveram Alzheimer ou alguma outra deficiência cognitiva.
Eles descobriram que a probabilidade de uma pessoa desenvolver demência aumentava na proporção direta da severidade de sua perda auditiva.
Os resultados dessa pesquisa vêm de encontro a um dos conceitos mais importantes dos últimos anos em termos de reabilitação auditiva: A “audição cerebral“. Esse entendimento, somado ao conceito de plasticidade neural, vem mudando a forma como entendemos e tratamos a surdez.
Mais do que nunca, restabelecer a melhor audição possível através de aparelhos auditivos e implantes, além de proporcionar melhor audição e compreensão da fala, tem um papel fundamental na manutenção da saúde cerebral.